sexta-feira, março 07, 2014

somos flashes, ou resquícios deles


sabe quando você mal percebe pelo canto do olho uma presença?
é essa a sensação que após uma semana internada, de cara à minha finitude eu guardo agora em mim.

somos flashes. fugazes. céleres. passageiros dum frágil envólucro oriundo de outras poeiras.

ilhas que se tornam perdidas entre os oceanos da individualidade de cada um.

entre muitas coisas vi e senti o egoísmo, aquele que impede que você pare e se importe 5 segundos com a mazela do outro, no caso a minha.

esta semana caiu sobre mim como um crivo, que de modo  brutal agitou o caldo emocional, de pretensas relações interpessoais, amizades, e deixou passar por ele para mim apenas aquelas que de fato são concretude.

isso é positivo? é. mas no meio das escuridões e incertezas quando você percebe que poucos se desvestem dos seus egoísmos, e param para lhe olhar, ouvir ou apenas lhe perceber, que poucos permitem que você exista dentro dos seus problemas e turbilhões, você se sente só.

e após a solidão olha com mais acuro e valor aqueles que lhe disseram: luciana estou aqui, me permito te dar este momento.


2 comentários:

pensados e proferidos